quinta-feira, 5 de abril de 2012

O problema espiritual das drogas.

De: CARLA COSTA carla.caclas@gmail.com
Para:
Enviadas: Quinta-feira, 5 de Abril de 2012 12:28
Assunto: TEXTO: O problema espiritual das drogas


REPASSANDO PARA REFLEXÃO ...
"Interprete o doente qual se fosse você mesmo. Toda cura espiritual lança raízes sobre a força do amor."

André Luiz (espírito)
O problema espiritual das drogas
Escrito por Ely Edison Matos



Um dos problemas mais graves da sociedade humana, na atualidade, é o consumo indiscriminado, e cada vez mais crescente, das drogas, por parte não só dos adultos, mas também dos jovens e, lamentavelmente, até das crianças, principalmente nos centros urbanos das grandes cidades.

O efeito destruidor das drogas é tão intenso que extrapola os limites do organismo físico da criatura humana, alcançando e comprometendo, substancialmente, o equilíbrio e a própria saúde do seu corpo perispiritual. Tal situação, somada àquelas de natureza fisiológica, psíquica e espiritual, principalmente as relacionadas com as vinculações a entidades desencarnadas em desalinho, respondem, indubitavelmente, pelos sofrimentos, enfermidades e desajustes emocionais e sociais a que vemos submetidos os viciados em drogas.

A nova lei nacional de entorpecentes, que causou polêmica em seu trâmite no Congresso Nacional, ocupou bastante espaço nas manchetes devido aos vetos da presidente. Das diversas mudanças propostas, sem dúvida a mais discutida foi questão da descriminação da maconha, com a alteração das penas dadas a usuários e traficantes.
Muita gente opinou. Políticos, advogados, delegados, usuários da droga. No entanto, quase sempre o assunto é tratado de forma superficial. Centralizando a discussão apenas no aspecto penal, evita-se analisar o porque do uso e suas consequências. Não se ouvem os familiares do drogado, os seus amigos não-usuários, os médicos e psicólogos responsáveis por tratamentos contra dependência.
Esta é mais uma demonstração da hipocrisia da sociedade. Se há uma lei que torna o vício um crime, então vamos modificar a lei, para acabar com o crime. Muito mais fácil, claro, do que acabar com o vício. O que, aliás, reflete o estado vicioso, sem trocadilho, da própria sociedade.
Naturalmente que também somos favoráveis a uma diferenciação do tratamento dado ao usuário e ao traficante. Quem se tornou dependente da droga está enfermo. Precisa de ajuda, não de castigo. Precisa da presença carinhosa dos familiares e não da companhia de criminosos comuns numa cela estreita. Precisa de tratamento especializado e não a violência diária da qual será vítima. Da mesma forma, aquele usa, mas ainda não se viciou, se for pego numa batida policial deve ser levado pra casa, não pra cadeia. Qualquer um pode imaginar a humilhação e a mágoa de um pai tendo que tirar seu filho ou filha de trás das grades por causa de um cigarro.
Porém essa postura pede maior responsabilidade. Principalmente da parte dos familiares. Tem sido cada vez mais comum ouvirmos pais e mães declararem-se vencidos na sua tarefa de educar os filhos. Acusam a televisão, as más companhias, o conflito de gerações. Certamente que todos estes fatores, e muitos outros, conspiram contra a harmonia doméstica. Mas, com relação às drogas, o trabalho preventivo deve ser incessante.
Com isso queremos dizer: é preciso centralizar o esforço na educação moral das crianças e jovens. Isto é complicado, sim, por que implica na educação moral de nós mesmos. É difícil falarmos para nosso filho dos riscos do primeiro baseado, quando mantemos um cigarro na boca. Ou alertamos para os problemas da viciação, quando diariamente nossa geladeira está entupida de cervejas. Podemos, certamente, ter as nossas justificativas: afinal, fumar e beber não são crimes. Mas, lembremos, são vícios.
Os vícios são consequências da fragilidade espiritual do indivíduo. Curiosidade (porque cada um quer ter a "sua" experiência), imitação (porque ele "tem" que ser aceito no grupo social), fuga (porque não consegue enfrentar a realidade), exibição (porque quer se destacar), rebeldia (porque tem que afirmar sua personalidade), coerção social ("todo mundo faz"), aventura (porque é "proibido") são alguns dos muitos fatores que levam as pessoas a assumir comportamentos viciosos, tornando-se aos poucos seres dependentes.
Porque alguns são fracos, muitos pais ignoram ou aceitam a fraqueza dos filhos. Quantos não se orgulham de que seus filhos "já" bebem, "já" fumam, "já" se viram sozinhos? Concedem uma falsa liberdade, a fim de que eles próprios estejam livres. Evitam exigir respeito, já que se sabem sem condições de conquistá-lo. Receiam propor disciplinas, que eles mesmos não acreditam.
Não podemos pensar que seja uma questão apenas policial ou política. Porque políticos e policiais, que não estejam amparados por sólidos valores morais, estão colaborando para que a situação permaneça como está, ou se agrave ainda mais. Estamos diante de uma questão psicológica e espiritual. Os usuários de drogas, "pesadas"ou "leves", são Espíritos que trazem em si frustrações e rebeldias, vazios interiores e desmotivação para viver, mágoas e ressentimentos, sentimentos profundamente negativos incorporados ao seu patrimônio espiritual nesta ou em precedentes reencarnações.
Como ensina o Espírito Bezerra de Menezes, qualquer terapia, em relação ao problemas das drogas, deverá levar em consideração uma educação em regime de liberdade com responsabilidade, onde cada um possa exercer seu livre-arbítrio, respondendo por seus atos; a valorização do trabalho como método de afirmar-se na sociedade, em detrimento aos métodos escusos e corruptos que têm sido propostos por esta própria sociedade; a necessidade de viver com comedimento, evitando-se ilusões, sonhos e anseios descabidos; ambientes sadios e leituras edificantes, como antídotos às idéias fabricadas pelos meios de comunicação em massa.
Crime ou não, o uso da maconha deve ser evitado e, dentro da postura que colocamos, combatido. De nada adianta compará-la a outras drogas, ou mesmo ao álcool e ao cigarro, alegando ser mais inofensiva. De nada vale argumentar que a proibição expõe o usuário a maiores riscos porque o segrega da sociedade. Muito menos tentar manter uma vida saudável, a base de vitaminas, para combater o efeito da droga. A "cannabis" tem seu princípio ativo, age desastrosamente sobre o organismo, pode provocar dependência, retira o indivíduo da sua realidade imediata (devido às alterações sensoriais) e custa dinheiro (o que pode incentivar o furto, nos usuários que não se sustentam finaceiramente). Como ensinam os Espíritos, se não é bem, é mal.
Nós - os que não somos ouvidos - pais, amigos que não usam drogas, professores, médicos, companheiros na casa espírita, devemos estar atentos à necessidade de colaboração. Faltam exemplos dignos na Sociedade, faltam orientadores moralizados que possam orientar multidões, faltam inteligências voltadas para o bem geral, faltam administradores que queiram sinceramente resolver o problema. Cabe a cada um de nós fazer o que estiver ao nosso alcance, esclarecendo crianças e jovens dos riscos do vício, combatendo a influência negativa da mídia, assumindo a "caretice" quando necessário, compreendendo a carência de afeto de quem busca a droga, não nos afastando dos que se viciaram.. Praticando, enfim, o saudável exercício da fraternidade.
A Ação das Drogas no Perispírito

Revela-nos a ciência médica que a droga, ao penetrar no organismo físico do viciado, atinge o aparelho circulatório, o sangue, o sistema respiratório, o cérebro e as células, principalmente as neuroniais.
Na obra "Missionários da Luz" - André Luiz ( pág. 221 - Edição FEB), lemos: "O corpo perispiritual, que dá forma aos elementos celulares, está fortemente radicado no sangue. O sangue é elemento básico de equilíbrio do corpo perispiritual." Em "Evolução em dois Mundos", o mesmo autor espiritual revela-nos que os neurônios guardam relação íntima com o perispírito.
Comparando as informações dessas obras com as da ciência médica, conclui-se que a agressão das drogas ao sangue e às células neuroniais também refletirá nas regiões correlatas do corpo perispiritual, em forma de lesões e deformações consideráveis que, em alguns casos, podem chegar até a comprometer a própria aparência humana do perispírito.
Tal violência concorre até mesmo para o surgimento de um acentuado desequilíbrio do Espírito, uma vez que "o perispírito funciona, em relação a esse, como uma espécie de filtro na dosagem e adaptação das energias espirituais junto ao corpo físico e vice-versa.
Por vezes o consumo das drogas se faz tão excessivo, que as energias, oriundas do perispírito para o corpo físico, são bloqueadas no seu curso e retornam aos centros de força.
A Ação dos Espíritos Inferiores Junto ao Viciado
Esta ação pode ser percebida através das alterações no comportamento do viciado, dos danos adicionais ao seu organismo perispiritual, já tão agredido pelas drogas, e das conseqüências futuras e penosas que experimentará quando estiver na condição de espírito desencarnado, vinculado a regiões espirituais inferiores.
Sabemos que, após a desencarnação, o Espírito guarda, por certo tempo, que pode ser longo ou curto, seus condicionamentos, tendências e vícios de encarnado. O Espírito de um viciado em drogas, por exemplo, em face do estado de dependência a que ainda se acha submetido, no outro lado da vida, sente o desejo e a necessidade de consumir a droga. Somente a forma de satisfazer seu desejo é que varia, já que a condição de desencarnado não lhe permite proceder como quando na carne.
Como Espírito precisará vincular-se à mente de um viciado, de início, para transmitir-lhe seus anseios de consumo da droga, posteriormente, para saciar sua necessidade, valendo-se para tal do recurso da vampirização das emanações tóxicas impregnadas no perispírito do viciado, ou da inalação dessas mesmas emanações quando a droga estiver sendo consumida.
"O Espírito de um viciado em drogas, em face do estado de dependência a que se acha submetido, no outro lado da vida, sente o desejo e a necessidade de consumir a droga."
Essa sobrecarga mental, indevida, afeta tão seriamente o cérebro, a ponto de ter suas funções alteradas, com conseqüente queda no rendimento físico, intelectual e emocional do viciado. Segundo Emmanuel, "o viciado, ao alimentar o vício dessas entidades que a ele se apegam, para usufruir das mesmas inalações inebriantes, através de um processo de simbiose em níveis vibratórios, coleta em seu prejuízo as impregnações fluídicas maléficas daquelas, tornando-se enfermiço, triste, grosseiro, infeliz, preso à vontade de entidades inferiores, sem o domínio da consciência dos seus verdadeiros desejos".

Contribuição das Casas Espirituais no trabalho antidrogas desenvolvido pelos Benfeitores Espirituais
A Casa Espíritual, como Pronto-Socorro espiritual, muito pode contribuir com os Espíritos Superiores, no trabalho de prevenção e auxílio às vítimas das drogas nos dois lados da vida.
Com certeza, essa contribuição poderia ocorrer através de medidas que, no dia-a-dia da Instituição, ensejassem:
  1. Um incentivo cada vez mais constante às atividades de evangelização da infância e da juventude, principalmente com sua implantação, caso a Instituição ainda não tenha implantado.
  2. Estimular seus freqüentadores, em particular a família do viciado em tratamento, à prática do Evangelho no Lar. Essas pequenas reuniões, quando realizadas com o devido envolvimento e sinceridade de propósitos, são fontes sublimes de socorro às entidades sofredoras, além, naturalmente, de concorrer para o estreitamento dos laços afetivos familiares, o que decerto estimulará o viciado, por exemplo, a perseverar no seu propósito de libertar-se das drogas ou a dar o primeiro passo nesse sentido.
  3. Preparar devidamente seu corpo mediúnico para o sublime exercício da mediunidade com Jesus, condição essencial ao socorro às vítimas das drogas, até mesmos as desencarnadas.
  4. No diálogo fraterno com o viciado e seus familiares, sejam-lhes colocados à disposição os recursos socorristas do tratamento espiritual: passe, desobsessão, água fluidificada e reforma íntima.
  5. Criar, no trabalho assistencial da Casa, uma atividade que enseje o diálogo, a orientação, o acompanhamento e o esclarecimento, como fundamentação doutrinária, ao viciado e a seus familiares.
Conclusão
Diante dos fatos e dos acontecimentos que estão a envolver a criatura humana, enredada no vício das drogas, geradoras de tantas misérias morais, sociais, suicídios e loucuras, não podemos deixar de considerar essa realidade, nem tampouco deixar de concorrer para a erradicação desse terrível flagelo que hoje assola a Humanidade. Nesse sentido, urge que intensifiquemos e aprimoremos cada vez mais as ações de ordem preventiva e terapêutica espirituais e que, também, criemos outros mecanismos de ação mais específicos nesse campo, sempre em sintonia com os ensinamentos cristãos e seu propósito de bem concorrer para a ascensão espiritual da criatura humana às faixas superiores da vida.
 

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